quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Memórias de Quem


Hoje, às 21h30 na Culturgest.

Grande Auditório · Duração 1h15 · 15 Euros (Jovens até aos 30 anos: 5 Euros. Preço único)

Vi aqui.

"João Paulo Esteves da Silva nasceu em Lisboa, em 17 de Maio de 1961, numa família de músicos. Começou a tocar piano aos quatro anos de idade. Estudou na Academia de Santa Cecília e no Conservatório Nacional de Lisboa onde obteve o diploma do Curso Superior de Piano com a classificação máxima.
Com uma bolsa de estudos da Secretaria de Estado da Cultura foi completar a sua formação a Paris, no Conservatório de Rueil-Malmaison, onde esteve três anos obtendo as mais altas distinções (“Médaille d’Or”, “Prix Jacques Dupont”, “Prix d’Excellence”, “Prix de Perfectionement”).
Terminados os estudos, permaneceu em Paris mais quatro anos, dando vários recitais em França e nos Estados Unidos, dos quais se salientam os de Nova Iorque no Carnagie Hall em 1986 e 1989.
Exímio instrumentista, a sua actividade reparte-se por vários géneros musicais, do jazz à música popular portuguesa, da música erudita ao fado.
Considerado um músico de jazz, tem sido, no entanto, convidado para interpretar, compor, ou orquestrar trabalhos de músicos dos mais variados quadrantes.
Sérgio Godinho, Vitorino, José Mário Branco, Fausto, Filipa Pais, Tomás Pimentel, Mário Laginha, Maria João, Pedro Caldeira Cabral, Ana Paula Oliveira, Carlos Martins, André Fernandes, Carlos Barretto, são alguns dos músicos com quem tem trabalhado. De entre as suas colaborações mais recentes, contam-se as orquestrações e acompanhamento no CD de Maria Ana Bobone, Sra. da Lapa, os arranjos da peça interpretada por Maria João Pires na gravação de Mísia ou a sua presença em Sempre de Carlos Martins.
No plano internacional tocou, entre outros, com músicos como John Stubblefield, Graham Haynes, Hamid Drake, Frank Cólon, Cláudio Puntin, Stephen Schon, Micahel Riessler e Peter Epstein.
O concerto desta noite baseia-se no seu novo CD, Memórias de Quem, a editar durante o presente mês de Fevereiro pela Clean Feed/Trem Azul. "

UNI


Ouço com pena as noticias sobre a Universidade Independente.

Penso sobretudo no esforço que muitos dos alunos fazem para conseguir ali andar. Ou alguém por eles.

Irritam-me os chicos espertos que se abotoam com o dinheiro dos outros e, sem qualquer pejo, ainda se permitem tiques de superioridade em relação àqueles a quem roubaram.

Conheço algumas das personagens desta história, e o enredo não me surpreende.

Espero que as verdades (há de certeza várias) sejam esclarecidas, e os prejudicados ressarcidos. A bem do ensino. Ensino no sentido mais lato.

Algo me diz que isso vai demorar muuuuiiiiito tempo…..

domingo, fevereiro 25, 2007

BODAS DE OURO


As celebrações das chamadas “bodas de ouro”, ao final de um casamento de cinquenta anos, são cada vez mais raras. Isto é um facto incontestável, segundo as estatisticas.

Mais raro ainda quando essa celebração se faz com muito amor. Tanto ou mais do que aquele que uniu duas pessoas 50 anos antes.

Pois eu tive hoje o privilégio de assistir a uma dessas celebrações.

Palavra alguma poderá transmitir o que senti quando os renovados noivos entraram na sala. Por esse motivo, qualquer tentativa de o descrever seria em vão - não a farei.

Aprendi que há, na vida real, coisas (momentos, passagens…) que pertencem apenas ao mundo dos sentidos. Foi onde estive hoje.

Aos Calicos, um renovado abraço de parabéns e gratidão. Vocês sempre foram (e serão sempre) um importantissímo pilar na vida de muita gente, num concurso onde faço questão de ocupar a primeira linha.

Ainda emocionada, não resisto a desejar que um dia os meus sobrinhos me olhem com o mesmo orgulho com que hoje olhei os meus tios.

Ao ouvido, uma mensagem: “Aproveitem! Isto qualquer dia é artigo de museu…”

Aproveitámos.
(Fotos de Bruno Reis e Devaneante)

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

CUCU!

OLÁ MARIA RITA

Só hoje entendi porque é que a Daniela não respondeu ao e-mail que lhe enviei no dia 15, em resposta ao dela.

A Maria Rita nasceu nesse dia!

Um enorme abraço para os pais, mas para a Ritinha um terno e sussurrado "WELCOME".

(A imagem é simplesmente ilustrativa. Desconheço o bébé na foto, bem como o seu autor)

domingo, fevereiro 18, 2007

BOM ANO DO PORCO

Enquanto no Ocidente as festas de Carnaval se multiplicam, a Oriente festeja-se hoje a entrada do ano do Porco.

Segundo consta, o ano do porco traz prosperidade e fartura, e porque este encerra e inicia um novo ciclo de 60 anos, é ainda mais importante e, por isso, chamado de porco dourado.

É com a maior alegria que o recebo desejando que a sua influência benéfica se alastre a todos os meus amigos, inimigos, familiares e desconhecidos.

Um excelente ano do Porco para todos!

“PARIS SERÁ TOUJOURS PARIS”



A exposição sobre os tesouros encontrados no fundo do mar do Egipto vale bem os 10 € do bilhete. A entrada está um bocadinho mal enjorcada, com toda a gente a acotovelar-se para conseguir ler a explicação inicial, mas depois o espaço abre-se para salas cada vez maiores e a visita lá decorre, serena e ordeira.

É incrível a sensação de estar em frente de estátuas gigantes, e pensar que só agora acordaram de um repouso de séculos no fundo do mar, e que por isso, se conservaram. Pelo mesmo motivo, muitas peças ficarão lá para sempre. Também aqui as fotografias são expressamente proibidas e os seguranças estão sempre atentos. Mostro-vos o que me foi possível recolher (fui disparando, sem ter qualquer noção do que estava a fazer...).

A seguir, jantar num dos restaurantes mais giros de Paris, o “Tsé”, muito bem escolhido pelo André, um verdadeiro anfitrião, a quem é sempre um prazer reencontrar.

A semana terminou com uma visita ao Salão do “Bien-être et Thalasso”, onde um asiático que explicava as virtudes do feng-shui e do tao khi công quis saber de onde vinha a minha origem … asiática. Depois de lhe explicar que não era asiática ele abanou com a cabeça calmamente como se dissesse “podes dizer o que quiseres…” e não me deu mais resposta.

Mas apesar da inspiração da feira e de ter andado muito durante a semana inteira, isso não foi suficiente para apaziguar a balança, que ralhou comigo quando cheguei. O almoço no último dia "chez Marie et Jean-Claude" deve ter contribuido (em muito) para isso, mas foi impossível resisitir a tanta iguaria.

Será um cliché, mas é o que me apetece dizer “Paris será toujours Paris”!

(Fotos de Devaneante)

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

LE MARAIS

O Marais está para Paris como o Soho está para Londres, e numa escala a condizer, o Bairro Alto está para Lisboa.

É um bairro de artistas, de actores, de judeus de grandes barbas, de criadores de moda, de extravagâncias de toda a sorte.

Um apartamento no Marais tem um preço a condizer com a exclusividade do lugar. Ali, tudo é especial e diferente. Os cheiros, as cores, e até os sons que se deixam ouvir nos cafés e nas lojas (únicas) que se encontram a cada passo.

Encontrei uma loja de novos criadores de moda, onde todos estavam presentes a vender os seus produtos e prontos a interagir com os clientes. Em Portugal, os criadores de moda sonham geralmente em abrir uma loja própria, com a sua própria marca, quando ainda estão a meio do curso.

Nada de projectos conjuntos, que acabam mal. Antes chorar por um subsidio que permita realizar o sonho e que quando não aparece, é justificação suficiente para desistir.

Talvez seja por isso que muito poucos tenham sucesso. Ou talvez não. Mas achei a ideia fantástica e gostei do ambiente despretensioso que conseguiram ali criar.

Fui várias vezes a Paris, mas foi esta a primeira vez que visitei o Marais, que adorei, e que por isso passa a ser ponto de visita obrigatório de todas as vezes que lá voltar.

Devo dizer que só o fiz pela dica da Skinstorm, que faz o favor de me acompanhar neste espaço, e a quem daqui envio um abraço agradecido.

(Fotos de Devaneante)

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

FONTAINEBLEAU



Fontainebleau é uma vilazita pequena a uma hora de Paris (não sei para que lado da bússola…) onde almoçámos muito bem.


Teríamos visitado o interior do castelo se a greve nacional não tivesse encerrado as portas de tudo quanto era serviço público.

Por isso, no dia mais frio de toda a semana, visitámos apenas os jardins do palácio por onde, um dia, Maria Antonieta se passeou.


Os bosques que abrem caminho ao castelo também merecem uma visita prolongada (mas no Verão).

(Fotos de Devaneante)

LE LOUVRE

É impossível ir a Paris e não visitar o Louvre. Não interessa quantas vezes já se lá foi. Há sempre alguma coisa nova a descobrir. Fui apanhada a fotografar em sitios proibidos, enquanto grupos de Japoneses faziam o mesmo na maior das calmas com telemóveis topo de gama, sem que ninguém lhes dissesse nada. Senti-me injustiçada! Mas é tudo tão lindo…

(Fotos de Devaneante)

MUSEU DAS ARTES DECORATIVAS

A semana em Paris passou em dois dias. Há sempre imensa coisa para fazer e visitar. O Museu das Artes decorativas foi uma agradável surpresa. Podia até começar pela sumptuosidade do edificio e terminar na vista fabulosa que ali se tem sobre o Louvre e seus jardins, e que se estende até à Torre Eiffel e Arco do Triunfo - mas há que não esquecer as peças em exibição, que valem bem a visita.

(Fotos de Devaneante)

terça-feira, fevereiro 13, 2007

PARABÉNS GALI


Para a Gali vão hoje resmas de beijinhos de parabéns e um abraço muito sentido. Jantamos hoje?

(Vê lá se não parece o Vince em versão feminina?)

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

DOISNEAU

A primeira exposição que vimos foi de fotografia. Doisneau no seu melhor. Com entrada gratuita e a visitar até dia 17 deste mês.

Com o sentido de orientação que nos caracteriza, entrei com a “do meio” pela saída da exposição e vimo-la toda em sentido contrário.


E porque era proibido, tirei algumas fotografias, o que fez com que o segurança nos acompanhasse de perto até ao final, olhando-me de soslaio e com ar de poucos amigos. Concentrou-se tanto em mim que nem viu a japonesa que fotografava (com flash!) mesmo ao meu lado.


Doisneau tem fotografias lindíssimas e a exposição tem sido um êxito tal que para entrar há que agonizar numa fila de horas. Nós tivemos sorte e quando fomos, não esperámos nem dez minutos. À saída, o comprimento da fila tinha triplicado.

(Fotos de Devaneante)

PARIS I

È claro que no dia em que saí de Lisboa não dormi. Ou por outra . . . dormi, mas no avião, pelo tempo que durou a viagem. Adormeci enquanto me despedia de Lisboa e acordei quando a aproximação de Paris se fez perceber.

Pela primeira vez aterrei em Roissy II, aeroporto Charles de Gaulle. Mas não creio que o volte a fazer. Não gostei do terminal que faz cruzar quem chega com quem está na fila para o check-in, numa confusão muito pouco saudável.

Aí esperei 3h e meia pelos meus companheiros de viagem que apanharam o avião seguinte. Tempo mais que suficiente para visitar a meia dúzia de lojas que o aeroporto tem para oferecer e avançar no livro que trazia na mochila.

À noite, jantar de festa de anos do Phill, festejado com um champanhe que me atirou para a cama mais cedo que os restantes convivas.

domingo, fevereiro 04, 2007

PARIS

Num impulso, decidi ir a Paris. Funciono melhor assim e as coisas quase sempre correm melhor comigo quando são resolvidas assim, por impulso.

Regresso dia 11. Não levo computador e duvido que consiga dar noticias por aqui, mas vou tentar.

Como sempre estou atrasada… tenho que sair de casa às 8h30 da manhã e ainda não acabei de fazer a mala, e também ainda não me decidi sobre o que levar. Há tempo - pouco, mas há.

Abreijos para todos e até ao meu regresso.

(Foto de Eugénio Recuenco)

HÁ DIAS ASSIM


E hoje foi um dia assim. Com GRANDE TRANQUILIDADE, 5-1

SCOTT FIELDS

O espaço foi pequeno para ouvir Scott Fields. Eu só consegui chegar a tempo de ouvir as duas últimas músicas, que de acordo com as mais respeitáveis opiniões, foram as mais “dificeis”.

O guitarrista americano é de uma simpatia que não posso aqui deixar de registar. Gostei quando na altura dos agradecimentos, se dirigiu especialmente ao “Peidro Couzta”, num misto de timidez e humildade que só se encontra nos melhores.

No final do concerto cumprimentei-o como se o conhecesse desde sempre, e tirei-lhe umas fotografias. Acho que ele pensou que eu era fotógrafa, ou então maluca. Ou as duas coisas – mas não tem importância.

Nem consigo imaginar como estaria hoje o Hot Club quando o recebeu. Provavelmente a rebentar pelas costuras (ainda mais do que é costume…).

O Pedro Costa está desfocado de propósito. De modo a preservar a sua identidade, percebeu Sr. Photographo?
(Fotos de Devaneante)