quarta-feira, novembro 15, 2006

PÁSSARO NEGRO

Pela janela, enquanto escrevo,
Ouço o pássaro negro
que numa noite sem lua
me cumprimenta. Todas a noites.
Sempre.

Conta-me histórias de vida
Que, em vão, eu procuro compreender.
De uma vida, que segundo ele,
Não foi melhor do que a minha.
Conta-me as mesmas histórias.
Sempre.

Olá pássaro negro, o que me queres dizer?
Mas de lá, tudo o que tenho
São as mesmas histórias negras
Que não quero compreender.
E ele repete, cantando
Sempre.

Ah, meu amigo pássaro negro,
Pudesses tu compreender,
E eu, da minha vida, te contaria
Muito mais com que sofrer.
Ouve-me, baixinho,
Sempre.

Pela janela, enquanto escrevo,
Ainda ouço o pássaro negro
que numa noite sem lua
me cumprimenta. Todas as noites.
Sempre.

2 Comentários:

Às 4:23 da tarde, novembro 15, 2006 , Anonymous Anónimo disse...

preto como vazio, o negro do espaço sideral onde estão todas as energias criadoras, o que ainda não se manifestou.

 
Às 7:02 da tarde, novembro 16, 2006 , Anonymous Anónimo disse...

Aleluia!!!
Eu é que tenho razão, pensa no que eu te disse ha alguns dias atrás...
Porque não publicares as tuas escritas?!?!!!
Pensa, pensa, mas não te atrazes...
Bjocs, MO

 

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