FADOS NOSSOS
“Fados Nossos” é o título do livro que Alexandra Carita e Jorge Simão lançaram ontem no “Lux”, em Lisboa.
Segundo os autores a obra levou um ano a ser compilada e “não quer mais do que guardar os segredos de uma relação inesgotável entre quem escuta e quem canta, quem vê e quem toca. Quem se entrega, sem nada pedir em troca, a um mundo que não serve só para encantar turistas. (…) é um livro escrito e fotografado a quente”.
Eu acredito nisso: que tenha sido escrito e fotografado a quente. È que eu conheço o fotógrafo e para mim é assim que ele melhor capta a imagem - no calor do momento. E portanto, naturalmente se associaria a quem escreve da mesma forma. Mas no que toca à escrita, li apenas a introdução, o que desqualifica qualquer consideração sobre a matéria.
A festa contou com a presença de alguns dos artistas retratados no livro, que também actuaram após os (intermináveis) discursos de Zita Seabra da Editora Alêtheia e da directora do Museu do Fado, Sara Pereira.
Aliás, sobre estes discursos devo dizer que tudo aquilo que se aprende sobre apresentações, do género “como não aborrecer a audiência” foi ali completamente ignorado (se alguma vez aprendido).
Como é possível que quem fala para uma plateia se esqueça de olhar em volta? É que esse gesto deveria ter sido suficiente para o/a orador/a perceber que o público ali presente já tinha “desligado” há imenso tempo, e nessa altura acelerar o passo, ou modificá-lo. Mas não foi.
Devo dizer que, contra todas as minhas expectativas, o melhor discurso foi o do fotógrafo. Apoiou a sua parceira de projecto, foi rápido, conciso e fez aquilo porque todos ansiavam (nesta altura já desesperadamente) ao permitir que a festa começasse.
Gostei muito da noite de ontem. Comecei por jantar em muito boa companhia e diverti-me muitissimo no Lux com todas as pessoas que ali encontrei. Gostava de lá ter ficado até mais tarde mas isso seria incompatível com os meus planos de deixar o carro na oficina às 8h30 da manhã. Fica para a próxima.
Ah, quase me esquecia . . . depois de estar numa fila imensa para me autografarem o livro, foi preciso chegar a minha vez para que todos se levantassem para deixar cantar o fadista “sim, que ele tem que cantar . . . . não é??”
“Ora, pois concerteza que é . . . pois que cante” disse eu. E o livro veio para casa sem autógrafos!
O meu aplauso a todos quantos tornaram possível a realização desta obra e especialmente ao Jorge Simão pelas imagens lindas que conseguiu imprimir ao fado.
7 Comentários:
sister, ainda bem que te divertiste nestes momentos de prazer a energia parece que aumenta. Estou à espera que saia o teu livro de histórias. Para quando ? bjs da sister lu
Filha e toda a gente em geral,
Hoje vai haver um concerto aqui na Trem Azul Jazz Store que promete muito. É o encontro entre dois mestres, o contrabaixista nova iorquino Rashiim Ausar Sahu e o tocador de Kora Ibrahim Galissa da Guiné Bissau. A kora é uma especie de harpa africana com um som magnifico. Vem filha e traz a familia. Beijinhos,
Pedro.
ya man
de ton beauf phil.
vamos ver se e desta...
continue ton chemin car tu as tout pour reussir grosses bises phil
Quem é o Jorge Simão, pá?????
Lá estás tu a defender os fotógrafos todos...
Mas continua é a escrever miúda,que eu gosto muito de te ler....
Eu sei quem é o Jorge Simão. Só não sei quem é a Devaneante nem como é que sabe que ele é melhor no calor do momento...
Fico à espera de mais devaneios.
Aos dois anónimos,
Pois . . . aquilo que não se sabe abre caminho a devaneios . . . desta vez não meus.
Obrigada pela visita e pelos comentários.
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